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Tecnologia reprodutiva começa a transformar a pecuária leiteira no Sul Fluminense

  • Regina Groenendal
  • 9 de jul.
  • 2 min de leitura


A reprodução bovina tem ganhado um novo impulso entre produtores de leite das regiões de Volta Redonda e Valença, no Sul Fluminense. Nos meses de abril e junho, o Instituto BioSistêmico (IBS) realizou as duas primeiras rodadas de atendimentos de manejo reprodutivo do Projeto Rio Mais Leite.


Os atendimentos incluem avaliação reprodutiva por ultrassonografia, diagnóstico de gestação, identificação de alterações reprodutivas, como infecções uterinas e cistos ovarianos e, nos casos indicados, aplicação do protocolo de Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF).


Segundo o médico veterinário Ariel Gomes, consultor do IBS que integra a equipe do projeto, muitos dos produtores atendidos tiveram contato com essas tecnologias pela primeira vez. “Tem produtor que nunca fez ultrassom, nunca seguiu um protocolo. Quando mostramos o exame na tela e explicamos como avaliamos cada vaca, eles ficam impressionados. Depois disso, passam a buscar mais assistência e querem acompanhar de perto a reprodução do rebanho”, relata.


Além da parte técnica, os atendimentos têm um forte componente educativo. “A gente orienta também sobre manejo de curral, higiene da ordenha, alimentação e uso correto do sal mineral e proteinado. São detalhes que fazem muita diferença no resultado reprodutivo e na saúde geral do rebanho”, ressalta Ariel.


Do primeiro para o segundo atendimento, já foi possível observar mudanças positivas. “Os produtores começaram a melhorar a nutrição e usar o sal adequado, o que ajudou bastante na indução de cio e na taxa de prenhez. Só com essas primeiras ações já vimos vacas prenhes que estavam falhadas há muito tempo”, relata.


A falta de informação e acompanhamento técnico ainda é um dos grandes desafios nas propriedades. “Tem vaca que passa dois, três anos sem parir, e o produtor nem sabe que ela está vazia. Isso aumenta muito o intervalo entre partos e compromete a produtividade. Nosso trabalho ajuda a mudar esse cenário”, explica o consultor.


Sobre o Projeto Rio Mais Leite


Concebido e executado pelo Instituto BioSistêmico, o projeto Rio Mais Leite conta com recursos da Fundação Zoetis e tem como foco o desenvolvimento da pecuária leiteira em 100 propriedades leiteiras com perfil agricultura familiar, na região dos municípios de Valença e Volta Redonda, situados no Sul do Estado do Rio de Janeiro.


A iniciativa envolve ações de assistência tecnológica organizadas em quatro eixos: boas práticas, manejo reprodutivo, manejo nutricional, manejo sanitário e boas práticas no processamento de queijos artesanais.


O projeto utiliza a metodologia CheckMilk, que inclui uma plataforma digital com sistema de gestão e aplicativo de apoio ao trabalho das equipes técnicas e dos produtores, oferecendo suporte contínuo à rotina das propriedades.

 
 
 

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