Rio Mais Leite aproxima produtores de soluções para melhorar eficiência reprodutiva
- Regina Groenendal
- 16 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: 30 de jul.
Entre os meses de abril e julho, o Projeto Rio Mais Leite realizou as duas primeiras rodadas de atendimentos de manejo sanitário e de IATF (inseminação artificial em tempo fixo), alcançando diversas propriedades da bacia leiteira do Sul Fluminense.
Segundo Gustavo Artiere, médico veterinário e consultor do Instituto BioSistêmico (IBS), responsável pelos atendimentos, o potencial produtivo da região é expressivo, mas muitos produtores ainda não contam com assistência técnica regular nem acesso a programas de fomento voltados à melhoria da atividade leiteira.
“A maioria dos produtores atendidos teve contato com a IATF pela primeira vez ou já havia passado por experiências anteriores frustradas. Desta vez, muitos já comemoram prenhezes confirmadas, resultado da primeira rodada de atendimentos”, relata.
De acordo com o consultor, a adesão e o entusiasmo dos produtores têm sido um destaque positivo do projeto. “Somos muito bem recebidos em campo. Os produtores aproveitam cada minuto para tirar dúvidas, perguntar e aplicar as orientações que passamos. Muitos já notaram melhorias reais na produção, principalmente na qualidade do leite”, afirma.
As orientações técnicas oferecidas pelo Instituto BioSistêmico incluem boas práticas de ordenha, higiene, manejo sanitário e ajustes nutricionais, que ajudam a corrigir falhas comuns no dia a dia das propriedades.
Entre os desafios identificados nas visitas, destacam-se a baixa qualidade e quantidade de leite, reflexo da falta de acompanhamento técnico contínuo. “Pequenas mudanças nas práticas diárias fazem grande diferença. Melhorar a higiene na ordenha, ajustar a alimentação e seguir protocolos sanitários básicos já têm impacto direto na produtividade e na saúde do rebanho”, explica Gustavo.
Além de aumentar a produção de leite, os atendimentos também têm impacto direto na eficiência reprodutiva dos rebanhos. “A técnica é uma aliada importante para o avanço genético e para a regularidade produtiva do rebanho. Com mais prenhezes confirmadas, os produtores começam a enxergar um novo cenário para a atividade”, reforça o consultor do IBS.
Para Gustavo, a assistência técnica especializada é um dos pilares para transformar a pecuária leiteira regional. “Ao alinhar sanidade, nutrição, reprodução e boas práticas de manejo, tornamos a atividade mais eficiente, produtiva e rentável. Isso é essencial para a permanência dos produtores na atividade com dignidade e competitividade”, conclui.
Sobre o Projeto Rio Mais Leite
Concebido e executado pelo Instituto BioSistêmico, o projeto Rio Mais Leite conta com recursos da Fundação Zoetis e tem como foco o desenvolvimento da pecuária leiteira em 100 propriedades leiteiras com perfil agricultura familiar, na região dos municípios de Valença e Volta Redonda, situados no Sul do Estado do Rio de Janeiro.
A iniciativa envolve ações de assistência tecnológica organizadas em quatro eixos: boas práticas, manejo reprodutivo, manejo nutricional, manejo sanitário e boas práticas no processamento de queijos artesanais.
O projeto utiliza a metodologia CheckMilk, que inclui uma plataforma digital com sistema de gestão e aplicativo de apoio ao trabalho das equipes técnicas e dos produtores, oferecendo suporte contínuo à rotina das propriedades.











Comentários